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quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Aquela matogrossense tão tarde.

A tarde foi quente la fora e fria dentro daquela sala que eu tentava ensinar alguma coisa em outro idioma, eu via os raios solares baterem no vidro e dizerem adeus. Via as bolinhas de papel e apontadores subirem e descerem na mão daquelas crianças tentando mostrar alguma relação de superioridade fora do julgamento dos meus olhos quando eu traçava as novidades da língua inglesa naquele quadro de vidro, tão límpido quanto a manhã que acontecera.
O relógio logo se verticalizou, aquele tchau que a gente gosta de dar.
Confesso que chega o final do dia neste pedaço no Mato Grosso e o calor toma conta da gente, o sol já não está tão poético mais, ja perdeu sua geometria perfeita, parece ser um daqueles bicho-papões que a mãe diz que ta no armario, agora é ele, o monstro no armário azul, o monstro que brilha e esquenta. A cuia tão bonita na mão daquelas mulheres com água fervente está repugnante, imagino o liquido quente deixando seus corpos mais latentes.
Assim entro na minha casa, um mundo diferente daquele la fora, fresco, límpido, confortável, onde posso sair do Mato Grosso e lembrar daqueles outros lugares que ja morei.



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