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quinta-feira, 6 de maio de 2010

O preço da felicidade.

A princípio não tinha romantismo, o contrato de paixão era sexual: um olhar, um beijo e cama. Pregava como Jesus o fez debaixo de chuva e sol em Jerusalém, porém pregando outra profecia: a de se entregar quando sentisse vontade, sem lembrar que existia por parte da sociedade a repressão da sexualidade feminina.
Por vezes foi romântica, se apaixonou por alguém, mas não conseguia ser de um só, em cada homem via algo que complementava o outro: o tom de pele, o tom de voz, o corpo, o jeito, o beijo, o sexo. Por hora se sentiu mal, com medo das coerções da sociedade monogâmica a qual vivia, sentia que não teria nada duradouro agindo assim, mas era desse jeito que desejava viver e seria feliz, casos curtos, repentinos, paixões avassaladoras que durariam pouco, mas que lhe trariam felicidade e ao término de uma iniciaria outra lhe provocando as mesmas maravilhosas sensações.
Para que viver tanto tempo ao lado de uma pessoa que ao passar o tempo da paixão avassaladora te trataria como parte da sua rotina? Como um móvel da casa? Como um lugar ocupado da cama? Como uma pessoa pra dividir a conta de água e luz?
Ah! Se dependesse dela, ela manteria a paixão por muitos anos, até a velhice, mas infelizmente isso estava dependendo do outro e nem tudo sai da maneira que planejamos.
Deus a proteja, Deus que cuide do coração dessa moça, que desse seu jeito viajante vai flagelar muito ainda esse coração, mas na intenção de ser feliz constantemente. É apenas o preço da felicidade.