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quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Querida Filha.

Além da loucura, Deus disse pra ela que tinha instinto materno. Que essa sua forma maluca de encarar o mundo era uma aquisição de algum conhecimento para aquele filho que teria. No dia da sua fertilidade Deus disse: "Não quero um filho do teu ventre.". Automaticamente ela se assustou, ficou espantada, uma mistura de vazio com frustração, de angustia com confusão. Um dia, sentada num sofá cor gelo, na casa de uma parente sua, ve uma menina da pele tão branca quanto claras em neve, o cabelo loirinho que refletia cada luz do sol, um sorriso sincero, já não era tão menina mais, ja tinha corpo de quase-mulher, tinha seus dezesseis anos.
Mesmo com a vontade de um dia gerar um bebê no ventre com a alma enviada por Deus ela se encantou por aquela menina, quase da sua idade, essa menina fez desabrochar o seu instinto materno e o instinto protetor veio com o tempo, o seu nome combinava com a beleza que esbanjava, aquela luz de beleza que sai de dentro dos olhos e toma conta do espaço, sua graça Carolini.