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quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Mariana

Era 14 de Janeiro de 1988, e como de costume, o verão. Assim veio ela, registrada Mariana, veio junto do sol daquele tempo iluminar a vida de alguém e de alguns. Tão pequena, tão frágil, tão forte, tão sadia. Sua mãe a olhou com os olhos que Mariana herdara, não de cor, mas de formato, com alegria e amor. Por azar ou sorte, só a conheci dois anos depois, eu não entendia muito bem o que era ser, ou estar, estava na mesma condição de Mariana no dia 14 de Janeiro de 1988, chegando ainda, apenas sendo olhada com olhos semelhantes e desiguais, mas sem enxergar nada. Com o tempo a conheci e gostei, não por alguém ter me falado que era do meu sangue, mas por ela ser extremamente diferente de mim, preenchendo os buracos do meu eu. Hoje, 14 de Janeiro de 2010, passaram-se 22 anos e eu ainda sinto e penso a mesma coisa de la, nem mais, nem menos, admiração.