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quinta-feira, 22 de julho de 2010

Minas carnavalesca.

Carnaval. Pacote fechado. Eu. Kênya. Ônibus. Sinop. Cuiabá. Brasília. Belo Horizonte. Aí que começa a peripécia. Rodoviária de Belo Horizonte. 14:00. Lotada. Uma empresa pra levar todos para Ouro Preto. Desespero. Eis que vou eu atrás de uma van. Atravesso uma praça linda em frente a rodoviária de Belo Horizonte, tantos homens bonitos vindo ao meu encontro, eu rezava: "Espero que todos eles estejam em Ouro Preto". Achei! Não era uma van, era um doblô, 30 eu, 30 Kênya, fechado. Motorista mucholoco, ultrapassar na curva? Era o que ele gostava. Quase não aproveitei a paisagem de Belo Horizonte a Ouro Preto, era tudo muito rápido, mas que belas montanhas, que belos desfiladeiros! Lugar lindo, temperatura fresca, homens lindos, era o paraíso. Depois de 1 hora e 40 minutos estávamos em Ouro Preto, largadas em uma praça, rodeadas de muitos homens, nunca tinha visto tantos homens reunidos na minha vida e não conseguia achar um feio se quer. Lutamos pra procurar a república que fechamos o pacote, mas enfim achamos. Chegando lá além de homens lindos que nos recepcionavam, eram simpáticos, já vieram pegando a nossa bagagem para nos ajudar (em troca de outra coisa mais tarde, claro) e colocando em nossas mãos um copo de cerveja, geladérrimo, era tudo o que eu precisava. Banho, cheirosa para o mata-mata que é um carnaval em Minas Gerais. Mais tarde chega a minha amiga de Goiânia, Cecília, eu já estava bêbada, fora de mim, curtindo cada centavo que eu tinha pago daquele pacote. Meu Deus! Meu Deus! Era muito homem, quase nunca tive tanta opção para escolher. Os cariocas, os mais abusados, chegavam junto mesmo, não tinha tempo pra respirar, liberei toda a minha promiscuidade e minha libido naqueles dias. Ouro Preto, tantas ladeiras, a felicidade de estar lá fazia com que eu nem sentisse a dor de subir e descer as ladeiras. Nem tive tempo para avaliar os prédios históricos, o negócio lá era conhecer corpos. Homens educados, lindos, inteligentes (descobri isso quando dava tempo de conversar), não posso esquecer de falar das moças cariocas e paulistas que conheci lá, gente boníssima, do "crime" tanto quanto eu. Que experiência, que viagem! Sete dias de muitas histórias que não cabem ser expostas. A vista complementava toda a festança que era estar lá, muita bebida, muita diversão, quem passou a juventude sem ter vivido isso que eu vivi, não viveu. Fica aqui minha recomendação: Minas Gerais é o melhor lugar pra se viver, uai!