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domingo, 1 de novembro de 2009

Velhamente jovem.

Há quem duvide que ela não tenha se entregado tanto para tantos homens de verdade, aquela sua posição assexuada de quem trabalha e faz faculdade, falando bonito, pesquisando profundo, a sua pouca idade parece que nega aquilo que ja viveu. Os homens que a querem criam em suas cabeças a sua fantasia de que ela ainda sabe pouco e de que são eles quem vão mostra-lhe o que é sexo de verdade. Ah! Mal sabe eles de quantas vezes ela ja suou num corpo masculino de meia-idade, quantas vezes ela ja se fez de iludida e puxou o tapete antes que fosse puxado o seu, as tantas posições além do kama sutra que ja fizera com esses tantos homens. Começara cedo na vida sexual, e se arrepende um pouco de ter largado a boneca que ganhou naquele ano para colar no suor masculino. A sinceridade com que abre sua vida é resquício da ingenuidade da sua idade. Esses homens, os anos passam, os séculos, e o seu desejo esquisito de romper uma pele perdura, não sabem ainda extrair o que há de melhor naquela doce jovem que ja se entregou tanto, não que agora ame menos depois de tanta entrega, mas precisa de mais, mais aceitação do que critica, mais elogio do que esculhambação.
A sua pele é branca, lhe conferindo um ar inocente, mas nada que uns dias sob o sol lhe tire essa aparência.